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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Zé Inocente

No sétimo dia da morte de Zé Inocente (Dedé) quero prestar uma singela homenagem a este cidadão upanemense, filho de Adauto Gondim e Salomé (In memória).

Retribuo desta forma a amizade e o carinho que o mesmo sempre demonstrou comigo.

Dedé encarou a vida com bom humor e espontaneidade e na incompreensão das suas atitudes soube cultivar a amizade e o carinho de todos. O próprio apelido já sugere muita leveza: Zé Inocente.

Foi casado com Célia de Maria Lurdes, com quem já não tinha mais convivência matrimonial, deixou uma filha: Sâmia.

A lembrança que Zé Inocente deixa pra mim é de alegria e de uma forma diferente de encarar a vida. Transformava tudo em humor e são diversas suas anedotas, repentes e histórias.

A mais tradicional é o famoso: pra trás.

Explicando: sempre que Dedé retornava pra casa após suas andanças em busca do aperetivo, seus conhecidos o interpelavam com a seguinte frase: pra trás. fazendo referência que logo ele retornaria a rua.

Mas Dedé tinha um senso de humor tão apurado e positivo que logo passou a responder de forma a passar despecebido sua insistência na bebida, sugerindo progresso na vida das pessoas:

Pra trás não, pra frente, nós só crescemos caminhando pra frente!!!!

Outra que sempre era repetida, ocorria no período do rio Upanema com água, quando as pessoas, propositalmente, o chamavam para tomar banho no rio e instigá-lo a respostas. Dedé sabendo de recorrentes mortes por afogamento e tendo a clareza do quanto bom é viver, respondia:

A caixa d'água lá em casa tá bem cheinha, pra que eu vou tomar banho no rio? vá você!!!!

Por fim, pra mim uma das melhores, era quando as pessoas sabendo da atividade de corte de palha do seu cunhado Romildo e naquela atividade tem uma função de juntador das palhas que vão sendo cortadas pelos vareiros e atingem o solo. Então as pessoas diziam:

Dedé! Romildo tá chamando pra ir juntar palha!

e Ele respondia:

Quem? eu? de jeito nenhum! quem espalhou que junte!

Deixo aqui minha homenagem a Dedé e minha solidariedade a todos os familiares!

2 comentários:

  1. Você, simplesmente, disse tudo! Sou testmunha fiel de tudo o que escrevestes! Dedé ficará para sempre em nossas memórias.

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  2. De todos os gracejos de Dedé de Adauto, o que segue eu não conhecia: "A caixa d'água lá em casa tá bem cheinha, pra que eu vou tomar banho no rio? vá você!!!!"

    Quando eu o encontrava na rua, gostava de inventar que alguém precisava de um trabalhador. Ele prontamente respondia:

    Diga a ele que compre a enxada. Eu dizia: já tem.

    "De quem é o mato?"

    "É dele".

    "Então ele que limpe", arrematava.

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